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A explosão no porto de Beirute em 2020 aconteceu no dia 4 de agosto de 2020, em um depósito que armazenava nitrato de amônio. O ministro da Saúde falou de "muitos feridos e danos extensos". Testemunhas oculares disseram à televisão LBC que "pelo menos dezenas foram feridas e os hospitais estavam cheios de pessoas feridas", a explosão sacudiu o centro de Beirute e lançou uma nuvem de poeira no ar. Testemunhas disseram que casas a 10 quilômetros de distância foram danificadas pela explosão. Após a explosão, uma grande nuvem de fumaça negra tomou conta da área do porto, um jornal libanês, teve sua sede destruída com partes do telhado caídas, janelas estouradas e móveis danificados.
A explosão causou a morte de 218 pessoas e deixou outras 7 000 feridas, além de prejuízos estimados em US$ 15 bilhões de dólares em propriedades, além de ter deixado cerca de 300 000 pessoas desabrigadas. Uma carga de 2 750 toneladas da substância (equivalente a cerca de 1,1 mil toneladas de TNT) havia sido armazenada em um depósito sem as devidas medidas de segurança nos últimos seis anos após ter sido confiscado pelas autoridades libanesas do navio abandonado MV Rhosus. A explosão foi precedida por um incêndio no mesmo armazém.
A explosão foi tão poderosa que abalou fisicamente todo o Líbano. Foi sentida na Turquia, Síria, Palestina, Jordânia e Israel, bem como em partes da Europa, e foi ouvida no Chipre, a mais de 240 km de distância. Foi detectada pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos como um evento sísmico de magnitude 3,3 e é considerada uma das mais poderosas explosões não nucleares artificiais acidentais da história.
O governo libanês declarou estado de emergência por duas semanas em resposta ao desastre. Em seguida, protestos eclodiram em todo o Líbano contra o governo por seu fracasso em evitar o desastre, juntando-se a uma série maior de protestos que vinham ocorrendo em todo o país desde 2019. Em 10 de agosto de 2020, o primeiro-ministro Hassan Diab e o gabinete libanês renunciaram.
Os silos de grãos adjacentes foram seriamente danificados. Em julho e agosto de 2022, parte dos silos desabou após um incêndio de semanas nos grãos remanescentes.